A Prefeitura de Americana confirmou, nesta segunda-feira (17), a segunda morte por dengue no município. Também informou que a cidade passou de mil casos positivos. Este é um dos piores cenários já registrados em Americana para o início da temporada da doença, cujo pico de infecções costuma se dar em abril.
A morte confirmada nesta segunda é de um jovem de 25 anos, morador do Jardim Boer. Ele morreu no dia 27 de janeiro, em casa, e não tinha comorbidades. Segundo o Instituto Adolfo Lutz, laboratório responsável pela emissão do laudo, a morte foi em decorrência da dengue de sorotipo 2.
Também em janeiro a cidade já havia registrado o óbito de um homem de 41 anos, morador do bairro Santa Cruz. Ele foi internado em 4 de janeiro, em hospital particular de outro município, com dor muscular e de cabeça, febre e sangramento gengival, e morreu no dia 12.
Diferente de outros anos – inclusive, de anos de epidemia -, quando a grande quantidade de casos positivos da doença costumava se dar em abril e maio, em 2025, as infecções começaram a disparar logo no início do ano.
Em 2014 e 2015, por exemplo, anos com maior número de casos registrados (9 mil e 7,3 mil, respectivamente), Americana teve 158 e 60 casos em janeiro. Neste ano, foram mais de 600, segundo dados ainda em atualização da Vigilância Epidemiológica.
Já neste mês, dados até esta segunda-feira apontam que a cidade registrou 329 casos. Outros anos tiveram “fevereiros” piores. Em 2015, foram 405 casos. Já em 2014, foram 1.301 em todo o mês.
A expectativa também é de que haja um alto número de óbitos pela doença em relação aos últimos anos. Em 2024, quando foram registrados 4,9 mil casos positivos, Americana teve 17 mortes, o maior número da história.
A disparada logo no início do ano – que ocorre em outros pontos do País também – tem preocupado a prefeitura e autoridades de saúde no município.
Nesta segunda-feira, a AMA (Associação Médica de Americana) e a prefeitura reuniram cerca de 110 profissionais, entre médicos, enfermeiros e outras especialidades saúde, para uma capacitação sobre atendimento de pacientes com dengue.
A capacitação foi conduzida pelo médico infectologista Arnaldo Gouveia Junior, com o apoio técnico da coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Carla Brito, da diretora da Unidade de Serviços de Saúde Básica e Preventiva, Simone Maciel, e da coordenadora da Atenção Básica, Ester Souza.
“Nesse momento, é fundamental que toda a rede de saúde do município esteja bem preparada para fazer o manejo dos pacientes e reconhecer rapidamente os casos, principalmente os que vão evoluir para quadros graves”, disse o infectologista, em nota distribuída à imprensa pela prefeitura.
