A cidade de Americana ganha destaque com o documentário Americana Conta sua História: em Fatos e Prosa que mergulha na riqueza cultural e artística de seus habitantes.
A produção reúne entrevistas e registros com personagens que viveram ou ainda vivem em Americana e que, através das mais variadas expressões artísticas, ajudam a construir a identidade da cidade.
“Essa é uma obra que coloca em evidência os artistas que nasceram, cresceram ou escolheram Americana como território de criação. A série ‘Americana Conta sua História’ tem uma importância definitiva na preservação da memória da cidade e passou a ser um farol, uma luz de esperança na valorização e preservação da memória americanense”, conta Juarez Godoy, fotógrafo há 44 anos e com 39 de profissão, que faz parte da história e do documentário de Americana.
Literatura, pintura, arte de rua, música, audiovisual, teatro, desenho, fotografia, dança, o documentário mostra como diferentes linguagens se cruzam em um território que respira criatividade. Entre os entrevistados, estão artistas de várias gerações, alguns já premiados internacionalmente, que compartilham suas histórias, processos criativos e a relação íntima com a cidade.
Ana Alexandre começou a aprender a pintar com 15 anos, com estilo hiper-realista, tem quadros que retratam as paisagens e arquitetura de Americana e cita a importância da arte. “A arte pra mim é como respirar. É uma maneira de se expressar além de ser atividades prazerosas. A arte é a linguagem mais primitiva do ser humano. Todo mundo deveria fazer alguma coisa artística”.
Mais do que um retrato cultural, o documentário propõe um olhar sensível sobre Americana como espaço de produção, resistência e inovação artística. Cada depoimento revela não apenas a trajetória individual dos artistas, mas também como a cidade influencia ou influenciou e inspira suas obras.
Momentos históricos como os programas de rádios, carnavais, bailes em clubes e festivais são relatados com saudade e diversão. Casos e fatos contatos por quem viveu e trazem a preservação desses momentos em fotos, vídeos e em especial, na memória.

Várias pessoas que participaram desse documentário contaram sobre a vida e o legado de Geraldo Pinhanelli. O radialista mais famoso da cidade fazia programas da cúpula da igreja, jogava pétalas de rosa de um helicóptero e com jogos envolvendo população da cidade arrecadava inúmeros benefícios para as famílias carentes.
Outros personagens como Lulu Benencase; seu irmão o maestro Germano que deixou a obra Piquenique Trágico, inspirado no acidente de barco ocorrido na então Vila Americana; o Monsenhor Nazareno Magi entre outros, são destaques também no documentário.
Com imagens inéditas, narrativas emocionantes e uma pluralidade de vozes, o documentário oferece ao público uma experiência que conecta memória, identidade e arte, celebrando a potência criativa de Americana. “Até nós que produzimos o documentário nos surpreendemos com a quantidade e qualidade desses talentos que Americana possui, com renome nacional e internacional e que muitos americanenses também não conhecem”, destacou o diretor do documentário, Carlos Sant’anna.
Tudo isso foi contado em 60 horas de gravações que estão sendo compiladas para uma hora de documentário. Mas o projeto prevê que os 75 depoimentos completos de cada artista serão disponibilizados em plataformas de vídeo para que todos possam ver na integra cada talento e sua história.
Esse é o quarto capítulo do documentário (o primeiro foi sobre a Origem da Cidade; o segundo, foi Educação e o terceiro sobre a Indústria) e trata sobre os talentos da cidade.
O pré-lançamento desta edição do documentário Americana Conta sua História: em Fatos e Prosa, está prevista para outubro, em evento especial que reunirá os talentos e suas obras.